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De Freud a Jung: A Evolução da Psicologia

Foto do escritor: Jéssyca MarquesJéssyca Marques

Se você é apaixonado pela psicologia ou simplesmente interessado em entender mais sobre a mente humana, certamente já se deparou com os nomes Sigmund Freud e Carl Jung. Esses dois grandes pensadores não apenas moldaram a psicologia moderna, mas também revolucionaram a maneira como vemos o comportamento humano, as emoções e os processos inconscientes. Mas como a teoria de Freud, que se foca no inconsciente pessoal e na sexualidade, se conecta com as abordagens mais amplas de Jung, que incorpora os arquétipos e o inconsciente coletivo?


A jornada entre Freud e Jung é um verdadeiro convite para explorarmos as profundezas da psique humana. Freud, considerado o pai da psicanálise, abriu o caminho ao sugerir que não somos totalmente racionais e que a maior parte da nossa vida emocional e mental acontece fora da nossa consciência. Ele desafiou a ideia de que os humanos são seres puramente racionais, propondo que os processos inconscientes — muitas vezes escondidos por camadas de defesa psicológica — governam nossas ações, pensamentos e sentimentos.


Freud introduziu conceitos fundamentais que ainda são pilares da psicologia até hoje, como o complexo de Édipo, os estágios psicosexuais e os conceitos do id, ego e superego. Para ele, o desenvolvimento da personalidade se dá a partir de como lidamos com esses conflitos internos e desejos reprimidos desde a infância. Esse entendimento do comportamento humano como sendo fortemente influenciado por experiências passadas e impulsos inconscientes trouxe um novo olhar sobre os distúrbios emocionais e psicológicos.


Mas, ao longo do tempo, outro grande nome da psicologia começou a questionar as ideias de Freud. Carl Jung, que inicialmente foi discípulo de Freud, foi se distanciando de algumas de suas ideias, principalmente no que diz respeito ao inconsciente e à sexualidade. Jung propôs algo inovador: a ideia de um inconsciente coletivo, uma camada profunda da psique humana compartilhada por todos, repleta de arquétipos e símbolos universais. Para Jung, o processo de autoconhecimento não era apenas sobre lidar com os traumas do passado, mas sobre alcançar um estado de individuação — um processo contínuo de integração dos diferentes aspectos da psique, levando a um equilíbrio entre as partes conscientes e inconscientes de nós mesmos.


Enquanto Freud via o inconsciente como um depósito de desejos reprimidos e conflitos não resolvidos, Jung o encarava como um campo fértil para o desenvolvimento e a cura espiritual. Ele acreditava que, ao se reconectar com esses arquétipos universais e entender o próprio processo de individuação, o indivíduo poderia encontrar um caminho mais profundo de autocompreensão e harmonia interna.


A transição do pensamento de Freud para Jung não foi apenas uma mudança teórica; ela refletiu uma evolução na maneira de ver o ser humano e seus dilemas existenciais. Freud nos mostrou a importância do inconsciente e das forças que não controlamos, enquanto Jung nos trouxe a ideia de que o autoconhecimento é um processo profundo de integração, onde se busca a união do ser consciente com o ser inconsciente.


No fundo, tanto Freud quanto Jung nos desafiam a olhar para dentro de nós mesmos e a questionar os padrões, os conflitos e as crenças que moldam nossa vida. E enquanto Freud nos ensina sobre as raízes profundas do inconsciente, Jung nos dá as ferramentas para explorar os aspectos universais da psique humana e nos ajudar a viver de forma mais autêntica e equilibrada. Afinal, a jornada do autoconhecimento nunca termina, e talvez, ao explorar essas duas vertentes da psicologia, possamos descobrir ainda mais sobre quem realmente somos.


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