O que vai ser de nós agora?
- Instituto Lumni TERAPIAS ESPIRITUALISTAS
- há 4 dias
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O que vai ser de nós agora?
A pergunta atravessa todos nós, de ponta a ponta: e agora? Independentemente de otimismo ou pessimismo, sentimos que estamos diante de um ponto de virada que não permite retorno. Algo se esgotou. Algo novo bate à porta — ainda sem nome, ainda estranho aos nossos olhos, como as naus que os indígenas não conseguiam ver até que alguém dissesse: olhe.
Vivemos anos recentes que escancararam nossa fragilidade coletiva. Percebemos, de modo doloroso e definitivo, que muitos dos caminhos que seguíamos estavam distorcidos. Nada mais “volta ao normal”, porque o normal já não existe. Estamos em outra paisagem.
A verdade é simples: o mundo que criamos não sustenta mais a alma humana.
Por séculos, erguemos uma sociedade apoiada na visão cartesiana e mecanicista — brilhante, necessária, mas limitada. Esse paradigma organizou a vida, trouxe segurança, inaugurou o individualismo e devolveu ao ser humano a capacidade de pensar por si. Mas ao mesmo tempo:
separou matéria e espírito,
fragmentou o ser humano em partes,
exilou o invisível,
expulsou a consciência dos seus próprios territórios internos.
O mecanicismo criou certezas rígidas, relações de confronto, especialistas de nicho e uma estrutura psíquica incapaz de acolher a complexidade da alma. Tudo se tornou ou isso ou aquilo. Verdade ou mentira. Corpo ou espírito. Ciência ou sentido.
E agora vemos o colapso desse modelo — político, ambiental, emocional, espiritual.
Não se trata de catástrofe: trata-se de transição.
Estamos sendo chamados a um novo paradigma, que não destrói o antigo, mas o amplia. Um paradigma que:
une em vez de separar,
integra o visível e o invisível,
reconhece o humano como campo energético, psíquico e espiritual,
e nos lembra que liberdade sem direção vira escravidão de si mesmo.
A nova ciência — da física quântica à neurociência da consciência — nos mostra que:
tudo é relação,
tudo é movimento,
tempo e espaço são relativos,
a matéria é vibração,
e a consciência participa da construção da realidade.
Não podemos mais sustentar uma sociedade que ignora essas verdades.
A mudança não é opcional. Ela é necessária, urgente e, de certa forma, inevitável.
A pergunta não é mais “o que vai ser de nós?”, mas:
quem vamos escolher ser diante do novo mundo que nasce?
Temos diante de nós um chamado coletivo: abrir espaço para a unidade, para o espírito, para a ética do cuidado, para novas formas de ser e de viver.
Se fecharmos os ouvidos, o futuro nos arrastará. Se os abrirmos, seremos construtores de uma nova consciência.
Estamos prontos? Talvez não. Mas a travessia já começou.

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